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LIBERTAS organización civil por la defensa de la Libertad, la Democracia y la República, comprometidos con estos valores de la sociedad por la defensa jurídica, artística y social, comprometidos con la defensa y la promoción de los derechos humanos y las libertades fundamentales,

Declaramos

  • Reconocemos que el cerebro humano es el órgano que sustenta la mente, y que la mente es el ámbito donde se desarrollan las capacidades y facultades que definen a la persona como tal. Por tanto, el cerebro y la mente son merecedores de una especial protección jurídica, que asegure el respeto a la autonomía, la integridad y la dignidad de la persona.
  • Consideramos que las neurotecnologías, es decir, las tecnologías que pueden acceder, modificar o influir en el cerebro y la mente humana, plantean importantes desafíos y oportunidades para la sociedad, ya que pueden tener beneficios en ámbitos como la salud, la educación, la seguridad o la justicia, pero también pueden suponer riesgos o amenazas para la dignidad, la privacidad, la libertad, la igualdad o la identidad de las personas.
  • Propugnamos la generación y defensa  nuevos derechos humanos, los neuroderechos, que buscan garantizar que el uso de las neurotecnologías respete y promueva los valores y principios que sustentan los derechos humanos, y que se eviten los abusos o las violaciones que podrían derivarse de su aplicación indebida o malintencionada.
  • Adherimos a la clasificación  de neuroderechos extractada del artículo de Yuste et al. (2021):
    • El derecho a la identidad, o la capacidad de controlar nuestra integridad física y mental, y de preservar nuestra identidad personal y social frente a posibles cambios inducidos por las neurotecnologías.
    • El derecho a la agencia, o la libertad de pensamiento y el libre albedrío para elegir las propias acciones, sin interferencias o influencias externas que puedan coartar o condicionar nuestra voluntad.
    • El derecho a la privacidad mental, o la capacidad de mantener los pensamientos protegidos contra la divulgación, el acceso o el uso no autorizado por parte de terceros, ya sean individuos, empresas o gobiernos.
    • El derecho a un acceso justo al aumento mental, o la capacidad de garantizar que los beneficios de las mejoras en la capacidad sensorial y mental a través de la neurotecnología se distribuyan de manera justa en la población, evitando la creación de brechas o desigualdades sociales o económicas.
    • El derecho a la protección contra el sesgo algorítmico, o la capacidad de garantizar que las tecnologías no introduzcan prejuicios, discriminaciones o manipulaciones en la información o en los procesos cognitivos, y que se respeten los principios de transparencia, explicabilidad y responsabilidad.
  • Apoyamos la iniciativa de la plataforma NeuroRights Initiative, impulsada por la Universidad de Columbia, que busca desarrollar e incorporar los neuroderechos en tratados internacionales, legislaciones nacionales y regulaciones éticas, así como sensibilizar a la sociedad sobre la importancia de proteger el cerebro y la mente humana.
  • Nos comprometemos a difundir y defender los neuroderechos como un nuevo espacio de los derechos humanos, y a colaborar con otras organizaciones e instituciones que compartan esta visión y esta misión.
  • Invitamos a la sociedad civil a unirse a este movimiento, y a contribuir con sus ideas, opiniones y propuestas a la construcción de un marco jurídico y ético que garantice el respeto y la promoción de los neuroderechos.

Montevideo, 28 de noviembre de 2023

LIBERTAS

Por la Libertad, la Democracia y la República

DECLARAÇÃO DE LIBERTAS DIANTE DO AVANÇO DOS NEURODIREITOS

LIBERTAS, organização civil pela defesa da Liberdade, Democracia e República, comprometida com esses valores da sociedade para a defesa jurídica, artística e social, empenhada na defesa e promoção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais,

Declaramos

Reconhecemos que o cérebro humano é o órgão que sustenta a mente, e que a mente é o domínio onde se desenvolvem as capacidades e faculdades que definem a pessoa como tal. Portanto, o cérebro e a mente merecem uma proteção jurídica especial, que assegure o respeito à autonomia, integridade e dignidade da pessoa.

Consideramos que as neurotecnologias, ou seja, as tecnologias que podem acessar, modificar ou influenciar o cérebro e a mente humana, apresentam desafios e oportunidades significativas para a sociedade, pois podem ter benefícios em áreas como saúde, educação, segurança ou justiça, mas também podem representar riscos ou ameaças à dignidade, privacidade, liberdade, igualdade ou identidade das pessoas.

Defendemos a criação e defesa de novos direitos humanos, os neurodireitos, que buscam garantir que o uso das neurotecnologias respeite e promova os valores e princípios que sustentam os direitos humanos, e que se evitem abusos ou violações que possam decorrer de sua aplicação indevida ou mal-intencionada.

Adotamos a classificação de neurodireitos extraída do artigo de Yuste et al. (2021):

  1. O direito à identidade, ou a capacidade de controlar nossa integridade física e mental, e preservar nossa identidade pessoal e social diante de possíveis mudanças induzidas pelas neurotecnologias.
  2. O direito à agência, ou a liberdade de pensamento e livre arbítrio para escolher as próprias ações, sem interferências ou influências externas que possam coartar ou condicionar nossa vontade.
  3. O direito à privacidade mental, ou a capacidade de manter os pensamentos protegidos contra divulgação, acesso ou uso não autorizado por terceiros, sejam indivíduos, empresas ou governos.
  4. O direito a um acesso justo ao aprimoramento mental, ou a capacidade de garantir que os benefícios das melhorias na capacidade sensorial e mental por meio da neurotecnologia sejam distribuídos de maneira justa na população, evitando a criação de brechas ou desigualdades sociais ou econômicas.
  5. O direito à proteção contra o viés algorítmico, ou a capacidade de garantir que as tecnologias não introduzam preconceitos, discriminações ou manipulações na informação ou nos processos cognitivos, e que respeitem os princípios de transparência, explicabilidade e responsabilidade.

Apoiamos a iniciativa da plataforma NeuroRights Initiative, impulsionada pela Universidade de Columbia, que busca desenvolver e incorporar os neurodireitos em tratados internacionais, legislações nacionais e regulamentações éticas, assim como conscientizar a sociedade sobre a importância de proteger o cérebro e a mente humana.

Comprometemo-nos a divulgar e defender os neurodireitos como um novo espaço dos direitos humanos, e a colaborar com outras organizações e instituições que compartilhem dessa visão e missão.

Convidamos a sociedade civil a se unir a esse movimento e a contribuir com suas ideias, opiniões e propostas para a construção de um quadro jurídico e ético que garanta o respeito e a promoção dos neurodireitos.

Montevidéu, 28 de novembro de 2023

LIBERTAS

Pela Liberdade, Democracia e República

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